Candidaturas abertas a projeto que visa promover a bioeconomia
O Projeto BIOMAT, que visa acelerar e facilitar o desenvolvimento de inovadoras espumas e compósitos de poliuretano nano habilitados de base biológica através de um ecossistema de inovação, composto por entidades e empresas científicas e tecnológicas, lançou a primeira fase de candidaturas.
As pequenas e médias empresas (PME) e indústrias europeias dos setores da Construção, Automóvel, Mobiliário e Acolchoados podem candidatar-se, até 31 de março, à obtenção de tecnologias e produtos altamente inovadores, bem como a serviços associados (transferência de tecnologia), de forma gratuita.
Direcionado para os setores da Construção, Automóvel, Mobiliário e Acolchoados, o projeto está a implementar um ecossistema de inovação – um Open Innovation Test Bed – composto por entidades científicas e tecnológicas de vanguarda para facilitar e acelerar o desenvolvimento de materiais celulares de natureza biológica nano-habilitados.
O projeto pretende assim “proporcionar às PME europeias condições que lhes permitam conhecer, testar e investir em novas soluções, incrementando a respetiva competitividade, eficiência produtiva e sustentabilidade”, e “abranger toda a cadeia de valor e escalas de desenvolvimento, desde a validação laboratorial até aos produtos finais e respetiva prova de conceito em ambiente industrial, reduzindo custos e riscos de investimento e acelerando a transição verde”, lê-se em comunicado divulgado.
A par com tecnologias e atividades de testagem, estão também disponíveis serviços de alavancagem produtiva e de negócio, como avaliação do ciclo de vida e de custo, caracterização, avaliação de nanotoxicidade e mentoria para angariação de fundos.
Numa primeira fase, os serviços serão disponibilizados gratuitamente a PMEs através de um processo de candidatura e, após o término do projeto, serão fornecidos a preços competitivos.
As empresas que pretendam candidatar-se a este apoio podem registar-se na plataforma do projeto.
O principal objetivo do BIOMAT é acelerar a bioeconomia europeia, tendo por base a produção de soluções sustentáveis, com valor acrescentado, ??a partir de materiais com baixa pegada de carbono, e tornar os processos mais eficientes a nível económico, atendendo às diretrizes da Economia Circular.
“A ideia é que estes novos produtos possam substituir as tradicionais espumas – habitualmente utilizadas nas estruturas de isolamento em edifícios, interiores automóveis ou acolchoados – produzidas à base de petróleo e desprovidas de propriedades funcionais, como resistência à chama, biocorrosão e química, desempenho mecânico, propriedades antimicrobianas, conveniência de instalação e sustentabilidade do ciclo de vida”, refere ainda o comunicado.
A decorrer desde janeiro de 2021, o BIOMAT tem o apoio da União Europeia de mais de 16 milhões de euros e irá finalizar em dezembro de 2024.
O consórcio do projeto é composto por 26 entidades, oriundas de um total de oito países, nomeadamente Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, França, Reino Unido, Letónia e Israel, e é liderado pelo instituto de I&DT português CeNTI.
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