Solução para Nó de Infias em Braga com viaduto de 220 metros

Um viaduto na EN101, com uma extensão de 220 metros, é o “elemento fundamental” do projeto de reordenamento viário do Nó de Infias, um dos “pontos principais de congestionamento” de trânsito da cidade de Braga.

João Campos, da empresa que desenvolveu o projeto, adiantou que a solução encontrada vai permitir uma redução superior a quatro quilómetros das filas na hora de ponta da tarde, que agora são de 4,3 quilómetros e que passarão a ser de apenas 0,1.

Em causa está, neste caso, uma redução de 98 por cento das filas. Na hora de ponta da manhã, as filas passarão de 2,4 quilómetros para 0,4, uma redução de 83 por cento. A solução diminuirá os atrasos em 80 por cento, na hora de ponta da manhã, e em 95 por cento, na da tarde. Por aquele nó, passam diariamente 110 mil viaturas.

O projeto vai permitir uma ligação direta e sem conflitos para os movimentos Norte/Este e Oeste/Norte, através da execução de um viaduto bidirecional com cerca de 220 metros de extensão e 12 de largura.

Paralelamente, serão reformuladas as ligações Sul/Norte e Este/Sul, de modo a minimizar as interferências entre correntes de tráfego.

Desta forma, os movimentos principais passam a efetuar-se “praticamente sem constrangimentos, o que permitirá também uma melhoria dos movimentos secundários, que deixam de ter os fluxos de tráfego principais a prejudicá-los”.

A intervenção proposta fará com que a atual rotunda desnivelada deixe de funcionar como tal, no seu quadrante sul, o que limitará o acesso a nascente para o tráfego proveniente do Lugar de Cabanas, que não poderá aceder ao futuro viaduto. Para contornar esta limitação, será criado um pequeno acesso à EN101.

Orçada em seis milhões de euros, a obra, segundo adiantou o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, deverá estar concluída e “em pleno funcionamento” em finais de 2023 ou, “no máximo”, em 2024.

O autarca sublinhou que esta é uma das intervenções “mais ansiadas pelos bracarenses de todo o concelho”, para acabar com aquele que classificou como o “nó górdio” da circulação rodoviária em Braga.

“Esta solução foi pensada de forma a minimizar o impacto na vida da cidade, uma vez que a sua execução não terá grande interferência na fluidez do trânsito, porque permite manter a operação do atual nó durante a construção”, sublinhou Ricardo Rio.

O autarca lembrou que a intervenção “não é uma solução mágica” para acabar com os problemas de trânsito na cidade, adiantando que terá de ser complementada, designadamente com o prolongamento da variante do Cávado entre os nós de Frossos e de Ferreiros.

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