Estratégias de manutenção e a necessidade da definição de critérios de intervenção

Portugal detém um parque edificado relativamente recente [1]. Contudo, de acordo com o último Censos [1], cerca de 29% dos edifícios habitacionais em Portugal necessitavam de intervenções, quer para reparação de anomalias existentes quer para execução de infraestruturas (INE, 2012), dos quais 15% necessitavam de grandes reparações ou encontravam-se muito degradados ou em ruína. Estes números refletiam um parque habitacional degradado, com cerca de um milhão de edifícios a carecer de intervenção e muitos em estado de obsolescência.

Para além dos erros de conceção e de construção ou das ações ambientais, poderão ainda considerar-se como causas inerentes à degradação dos edifícios o envelhecimento, a má utilização, o vandalismo ou a realização de intervenções incorretas, assim como a falta de manutenção e de reabilitação atempadas, estas últimas muitas vezes devido à descapitalização dos proprietários ou ao desconhecimento do dever de conservação do património.

As ações de manutenção dos edifícios (Figura 1) são essenciais para evitar ou circunscrever a ocorrência de anomalias, de modo a que os fenómenos de degradação, uma vez iniciados, não progridam livremente originando, por vezes, situações de degradação acelerada e de difícil reversibilidade, podendo conduzir mesmo à obsolescência ou ruína dos elementos construtivos ou do edificado.

A atividade de manutenção é, porém, considerada muitas vezes pelos gestores e pelos utilizadores como uma tarefa secundária e consumidora de recursos humanos e financeiros elevados. (...)

Artigo completo na Construção Magazine nº103 mai/jun 2021, dedicado ao tema 'Manutenção de Edifícios Correntes'

António Vilhena

Doutor em Engenharia Civil

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