Castelo de Paiva terá ligação rápida à rede de autoestradas em 2028

O troço de 9,9 quilómetros da variante à Estrada Nacional 222, que completará a ligação rápida de Castelo de Paiva à rede de autoestradas, abre ao trânsito em 2028, segundo a previsão avançada no Estudo de Impacte Ambiental (EIA).

O lançamento da variante foi anunciado em 2001, aquando da queda da ponte de Entre-os-Rios, estando atualmente abertos dois dos três lanços previstos: de Castelo de Paiva a Cruz da Carreira e desta localidade à Zona Industrial de Lavagueiras.

Desenvolvendo-se no extremo norte do distrito de Aveiro e numa pequena franja do distrito do Porto, o troço em falta vai atravessar Lomba, a única freguesia de Gondomar na margem sul do Douro, em direção ao nó de Canedo (Santa Maria da Feira) da Autoestrada 32.

O resumo não técnico do EIA da obra, elaborado pela consultora de engenharia e ambiente Coba, está em avaliação pública até ao dia 28 de janeiro e o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução será submetido a um procedimento de verificação “previsivelmente durante o primeiro trimestre de 2023”, precedendo o concurso público.

Os trabalhos de construção iniciam-se entre o primeiro trimestre de 2024 e o quarto de 2025.

De acordo com o resumo não técnico do EIA, os impactes positivos do projeto compensam os impactes negativos, “os quais se farão sentir principalmente a nível local e durante a fase de construção”.

Além disso, “a estrada irá contribuir para a coesão e competitividade através do reforço das acessibilidades rodoviárias à Zona Industrial de Lavagueiras, permitindo um suporte mais adequado para a entrada e saída de mercadorias de forma eficiente e económica, sendo que esta melhoria de acessibilidades está prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, indicou a consultora Coba nas conclusões do documento.

Com uma faixa de rodagem de sete metros de largura, a via terá características de itinerário complementar, com via de lentos em subidas pronunciadas.

De entre os traçados equacionados em estudo prévio para a estrada, o EIA considerou que, “do ponto de vista ambiental e social”, a solução base, entrecruzada com partes da terceira de quatro alternativas, é a mais favorável, sobretudo porque se desenvolve “mais afastada dos aglomerados urbanos”.

Quanto às opções abandonadas, implicavam a necessidade de mais expropriações em áreas florestais e agrícolas, além de que afetavam mais, ao nível de ruído, o povoado de Bouças, assinala a consultora.

O EIA sublinhou que uma das alternativas rejeitadas representava um ganho de dois minutos na realização do trajeto, mas exigia a construção de um túnel, que implica custos de manutenção muito superiores, comparativamente com as soluções em talude.

A principal obra de arte prevista para este troço é uma ponte sobre o rio Inha, um afluente do Douro.

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