Ateliês portugueses distinguidos nos prémios A+ da Architizer

Três projetos portugueses de arquitetura, dos ateliês Ventura+Partners, VisioArq e Mário Cunha & Nuno Barbosa, foram distinguidos nos prémios A+ da plataforma internacional online Architizer, atribuídos por júri e votação do público.

O gabinete Ventura+Partners, com a ampliação da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e o ateliê VisioArq Arquitectos, com o projeto da MG Coudelaria, em Vila Nova de Famalicão, receberam os Prémios do Público, respetivamente nas categorias de Conceitos/Arquitetura em Saúde e Detalhes/Arquitetura em Madeira, da competição Plus.

A Casa Barbosa, em Sermonde, Vila Nova de Gaia, assinada por Mário Cunha e Nuno Barbosa, teve uma Menção Honrosa, na categoria de Moradias, entre os cerca de 370 e 500 metros quadrados de área, na competição de Tipologias.

Este ano, o concurso reuniu perto de 560 finalistas, em cerca de 120 categorias de arquitetura, distribuídas pelas competições Tipologia, Plus e Melhor Firma.

O projeto de ampliação da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Pedro Hispano, adjudicado pelo Ministério da Saúde, foi desenvolvido durante a pandemia de covid-19, e visou a criação de 11 novas salas de “pressão negativa”, permitindo duplicar a capacidade de resposta dos serviços, a curto prazo, e, em simultâneo, estabelecer “um novo atributo” para o serviço regular, a longo prazo, como indica a memória descritiva, uma das mais longas publicadas pela plataforma Architizer.

Concluído “em 25 dias”, o projeto teve em conta a urgência imposta pela pandemia e mobilizou “mais de 300 pessoas”, entre arquitetos e profissionais de saúde, assim como “desenhadores, engenheiros, técnicos e outros trabalhadores” das diferentes áreas envolvidas. A obra final inclui desenhos da artista Manuela Oliveira, e recorda uma frase do médico português Pedro Hispano, do século XVII, sobre os objetivos da Medicina: “Conservar a saúde e recuperar a saúde perdida, eliminando a doença”.

O gabinete Ventura+Partners, do Porto, liderado pelo arquiteto Manuel Ventura, com escritórios em Portugal, Estados Unidos e França, foi distinguido no ano passado, com uma menção honrosa, na primeira edição dos prémios internacionais A+Firm, da Architizer, para os melhores ateliês a nível internacional. Em 2019, fora igualmente premiado, na votação do público, na categoria Comércio – Escritórios Interiores pelo projeto da sede da Deloitte, em Lisboa.

O projeto da MG Coudelaria, desenvolvido pela VisioArq, de Coimbra, “teve como premissa principal o enquadramento do novo edificado com a envolvente ambiental”, em função da “presença exuberante da Natureza em todo o território do Minho” e do Vale de São Cosme, em Vila Nova de Famalicão, em particular.

A memória descritiva sublinha o uso “da madeira natural de pinho, como material principal, e da madeira lamelada [...] a compor não só os revestimentos exteriores e interiores, como a própria estrutura dos edifícios”.

A MG Coudelaria integra uma escola de equitação, com disciplinas de hipoterapia e a equitação terapêutica, e as suas instalações incluem estábulos, um picadeiro e uma arena cobertos, outra ao ar livre, redondéis, ‘paddocks’, pista de equitação e ‘boxes’ com comedouros automáticos.

Fundada em 1998, a VisioArq Arquitectos conta com escritórios em Coimbra, Vila Nova de Famalicão e Faro, e projetos desenvolvidos nas áreas residencial, turismo e saúde, em países da Europa, África e Ásia, segundo a sua apresentação. Tem como responsáveis os arquitetos Vicente Gouveia (Zona Centro), Nuno Poiarez (Zona Norte) e Pedro Afonso (Zona Sul).

Quanto à Casa Barbosa, segundo a sua memória descritiva, tirou partido de um lote de gaveto, de forma triangular, em Sermonde, Vila Nova de Gaia, para construir uma habitação de um piso, que acompanha a dimensão pré-estabelecida, “descontruíndo-se” em volumes distintos para as áreas de quartos e de serviços, em redor de um pátio central.

O gabinete dos arquitetos Mário Cunha e Nuno Barbosa tem sede em Matosinhos e uma carteira essencialmente dedicada a projetos residenciais.

No concurso de Tipologias, dos prémios A+ da Architizer, foi também premiada, na categoria de Grandes Moradias (XL), com os votos do público, a Casa Asa, no Rio de Janeiro, Brasil, do gabinete Bernardes Arquitectura, fundado pelo arquiteto brasileiro Thiago Bernardes, com escritórios no Brasil e em Portugal.

O arquiteto brasileiro Gustavo Panne reuniu o prémio do júri e do público, na categoria Comércio/Fábricas e Armazéns, da competição de Tipologias, com o projeto Carmo Coffees, para a torrefação de Carmo de Minas, em Minas Gerais.

Do Brasil, foram ainda distinguidas, com prémios do público, as arquitetas Giséle Borges, com a Casa Mirador, em Belo Horizonte, na categoria Detalhes/Arquitetura em Metal, da competição Plus, e Candida Tabet, de São Paulo, pela Casa Murillo, em Montevideu, na categoria Residencial (até quatro unidades habitacionais), no concurso de Tipologias.

O júri final contou com 20 profissionais de diferentes origens, a nível global, entre arquitetos, professores e responsáveis por cursos de arquitetura. A votação do público envolve profissionais registados na plataforma.

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