Produção na construção pode crescer 2,6 por cento em 2017, estima a FEPICOP
A Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) assenta as suas previsões nos dados do Banco de Portugal, que apontam para um crescimento de 1,4 por cento do PIB em 2017, a par de um desempenho positivo do mercado de trabalho. Espera-se, igualmente, uma sensível recuperação do investimento público, nomeadamente em construção. É esperado um crescimento de 3 por cento no segmento da construção residencial, com a construção nova a crescer 1,4 por cento este ano e os trabalhos de reabilitação a aumentarem 5,8 por cento.
Já no segmento da construção não residencial, a produção deve crescer 3,1 por cento, uma recuperação que assenta na expectativa de desempenho favorável da componente pública (+5 por cento, em termos reais), uma vez que a evolução da produção de edifícios não residenciais privados deve ser mais moderada, à volta de +2 por cento. A componente pública da construção de edifícios não residenciais deve beneficiar do acréscimo previsto no montante de investimento público, impulsionado pela realização de eleições autárquicas e pelo reforço da utilização de algumas das verbas inscritas no Portugal 2020, prevê a FEPICOP.
Além disso, o governo central tem anunciado alguns programas com influência no setor da construção, como as 200 intervenções previstas para as escolas do 2º e 3º ciclos e secundário, num montante de 320 milhões de euros, a realizar até 2020.
Já a evolução prevista para a Engenharia Civil aponta para um crescimento de 2 por cento na sua produção, mantendo-se como o segmento menos dinâmico do setor da Construção, tal como aconteceu nos dois anos imediatamente anteriores. A contribuir para uma evolução positiva da produção deste segmento, os valores relativos ao investimento público na área das obras de Engenharia Civil e traduzidos em adjudicações de empreitadas de obras públicas apurados ao longo de 2016 refletem um crescimento de 16 por cento face a 2015.
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